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Aimé Césaire ― Discurso sobre o colonialismo

Discurso sobre o colonialismo (Prefácio de Mário de Andrade)

Livraria Sá da Costa Editora Lisboa. (1978). In-8º de 69, [III] págs. Br.

A edição original do livro do poeta francês fôra em 1955; sendo a tradução para esta edição portuguesa assegurada por Noémia de Sousa. Composição e impressão na viseense Tipografia Guerra, com tiragem declarada de 3000 exemplares.


8€

Voznessenski ― Antimundos

publicações dom quixote (1970). In-8º de 77, [III] págs. Br.

Armando Silva Carvalho assinava um extenso prefácio a esta recolha de poemas, propositadamente feita pelo poeta russo para a colecção Cadernos de Poesia. Entre nós menos conhecido e mais surrealizante do que os seus compatriotas mais célebres, a verdade é que, segundo aqui aparece indicado, o autor «chamava» 14.000 pessoas a ouvi-lo num estádio; e teria, à época, 100.000 leitores a esgotarem rapidamente as suas primeiras tiragens nas livrarias.  

7€

Alexandre O'Neill ― Poesias Completas

Poesias Completas (introdução Miguel Tamen)

Assírio & Alvim (2000). In-8º gr. de 541, [3] págs. Br. 

Publicado nas «Obras de Alexandre O’Neill», o volume recolhe Tempo de Fantasmas, No Reino da Dinamarca, Abandono Vigiado, Poemas com Endereço, Feira Cabisbaixa, De Ombro na Ombreira, Entre a Cortina e a Vidraça, A Saca de Orelhas, As Horas já de Números Vestidas, Dezanove Poemas e O Princípio de Utopia, O Princípio de Realidade seguidos de Ana Brites, Balada tão ao Gosto Popular Português & Vários outros Poemas, sendo rematado ainda por três poemas finais «Dispersos».

Primeira de várias edições entretanto publicadas.

25€

Al Berto ― O Medo

Assírio & Alvim (1997). In-8º gr. de 640, [II] págs. Br.

Dispensará decerto apresentações esta conhecida recolha da produção do poeta de Sines, aqui na terceira das cinco edições dadas a lume até hoje - a primeira na Assírio e a primeira póstuma, publicada no próprio ano da morte do autor; sendo as duas anteriores da Contexto, cuja capa homoerótica, aproveitando um retrato do poeta em pose de «diva» por Paulo Nozolino, era aqui substituída (mas recentemente recuperada) por uma mais sóbria em fundo negro com o corte das folhas tintado, numa solução graficamente discutível, a roxo. Das cinco, há-de ter sido de longe esta a mais lida, consultada e requisitada pelo luso público ledor de poesia, pelo que também ela dispensará minuciosas descrições.


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O Dia 24 de Agosto


Já temos uma pátria, que nos havia roubado o despotismo: a timidez, a covardia e a ignorância que o tinham criado, que se prostravam com vil idolatria ante a obra das suas mãos, acabaram. A última hora da tirania soou; o fanatismo, que ocupava a face da terra, desapareceu; o sol da liberdade brilhou no nosso horizonte, e as derra­deiras trevas do despotismo foram, dissipadas por seus raios, sepultar-se no inferno.

(Almeida Garrett, in O Dia 24 de Agosto, edição nossa. PVP: 10€) 

Carlos de Oliveira ― Poesias (1945-1960)

Portugália Editora. Lisboa. (1962). In-8º gr. de [8], 174, [6] págs. Br.

Colectânea publicada na série «Poetas de Hoje», reunindo toda a produção do poeta até à data (salvo o livro de estreia, «Turismo», que foi excluído): «Mãe Pobre» (1945), «Colheita Perdida» (1948), «Descida aos Infernos» (1949), «Terra de Harmonia» (1950) e «Cantata» (1960). Primeira edição.

Exemplar em muito bom estado, ainda praticamente como novo e sem qualquer defeito significativo.
 
25€

Carlos de Oliveira ― O Aprendiz de Feiticeiro

Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1971. In-8º de 289, [5] págs. Br.

Primeira edição de um livro que, entre apontamentos literários e pequenas notas de recorte auto-biográfico (viagens; memórias; diário), resulta na melhor aproximação possível ao próprio trabalho do autor – o curto capítulo dedicado a «Micropaisagem», por exemplo, é, a esse título, bem elucidativo; e que, se não falha a memória, será talvez o mais interessante caderno de notas alguma vez publicado por um escritor português.

Com fotografias «hors-texte» de Augusto Cabrita e capa do pintor Lima de Freitas (que teve, como Carlos de Oliveira, uma passagem inicial mais ou menos demorada pelo neo-realismo).

18€

Carlos de Oliveira ― Uma abelha na chuva (romance)

Livraria Sá da Costa Editora (1984). In-8º de 180, [VI] págs. Br.

Mais uma de tantas edições do romance, que como praticamente todos os trabalhos do autor foi sendo sucessivamente remodelado, neste caso de modo muito substancial.

Capa de Sebastião Rodrigues.

10€

Carlos de Oliveira ― Pequenos Burgueses (romance)

Coimbra Editora, L.da – 1948. In-8º de 228, [4] págs. Br.

Primeira edição de um dos livros principais do autor e do (nele um caso à parte) neo-realismo português, cujos ressaibos e influências na prosa cá da terra duraram até bem mais tarde do que se possa supor: parece espantoso nunca o termos lido em lado nenhum, mas o início de Nenhum Olhar, primeiro e melhor livro de José Luís Peixoto, é decalcadíssimo – topa-se à evidência – deste terceiro e último romance (propriamente dito) de Carlos de Oliveira.

O exemplar tem o carimbo e a assinatura de José Campeão, que em Coimbra o terá comprado logo em 1948, e que mais tarde o terá vendido (ou um proprietário posterior) à livraria portuense de Manuel Ferreira, cujo ex-libris pequeno ostenta. Com algum amarelecimento da margem lateral exterior da capa.
 
35€ (reservado)

Carlos de Oliveira, 1º centenário do nascimento

Comemora-se hoje - pouquíssimo, como se o lê pouquíssimo... - o primeiro centenário do nascimento de um dos grandes poetas da história da literatura portuguesa, nascido a 10 de Agosto de 1921 no Brasil; de onde viria aos 2 anos com os regressados pais para Portugal.

Cresceu na região da Gândara (Cantanhede), fez os estudos em Coimbra, onde começou a ingressar nas fileiras neo-realistas, e foi depois para Lisboa, passando à beira-Tejo o resto dos seus dias até 1981.
Desde cedo, quer em verso quer em prosa, o seu trabalho revelaria uma preocupação e uma qualidade formal nada comuns no neo-realismo, avançando progressivamente a poética para um apuro e uma contenção que já só muito ao longe deixariam ver a toada social mais nítida desses primeiros tempos. Cantata (1960), um dos mais belos livros da poesia portuguesa, marcaria uma espécie de fronteira entre essas duas fases tão diversas - após 10 anos de «silêncio», que Alexandre O'Neill «censurava», ainda sem saber o que aí vinha, na dedicatória de oferta aqui reproduzida. 

Ricardo Jorge ― De Ceca e Meca (Impressões e Estudos de Viagem)

Lisboa (Edição do centenário sob o patrocínio do Instituto de Alta Cultura. Composto e impresso nas oficinas gráficas da Editorial Minerva). In-8º de 292, [2] págs. Br.

Com este volume póstumo de Ricardo Jorge termina a série das suas Impressões e Estudos de Viagem. Ao que ficou dito pelo Autor no começo do Canhenho dum vagamundo e das Passadas de erradio – os dois volumes precedentes da mesma série –, nada há que ajuntar a respeito do teor genérico, que se mantém sem alteração. Como neles, os artigos enfeixados circularam na imprensa periódica, publicados na sua quase totalidade no Diário de Notícias”, juntando-se-lhes alguma prosa que por uma razão ou outra não tivesse chegado a sair. Os ditos artigos foram encaixados pelo editor nas secções «A Caminho do Próximo Oriente», «Terra Santa e Terras de Mafoma», «De Paris» (meia centena de páginas), «Paris-Genebra» (“Lusos além e aquém”: pelos vistos, já na altura havia emigração portuguesa naquelas bandas), «De Berlim», «De Lião», «De Zagreb», «Para o Brasil», «Portugal na Holanda», «De Dresde», «À Volta de Bucareste», «Imagens do Marroco Português» e «Além-Mar em África».

Exemplar globalmente bom no miolo, mas com a capa ligeiramente desgastada e uma ligeira quebra à cabeça das folhas finais provavelmente decorrente de queda. Pertenceu ao médico e bibliófilo coimbrão Júlio Formigal, de quem tem a discreta assinatura.

15€

Abel Salazar ― Um Estio na Alemanha

Coimbra, Editorial Nobel. 1944. In-8º de 291, [1] págs. Br.

Primeira edição deste livro de impressões de viagem, cujo título muito dificilmente se compreenderá – dado que a uma primeira parte dedicada a Berlim se segue uma outra, ainda mais extensa, respeitante a Madrid, que termina (a compreensão continua complicada) com um capítulo sobre a Bélgica e a Holanda. Destaque, no que toca propriamente à capital espanhola, para as impressões de arte a partir de uma visita ao Prado, em particular o longo – de 75 páginas – ensaio consagrado a El Greco; que, por si só, praticamente justifica o volume.

15€

Abel Salazar ― Uma Primavera em Itália

Nunes de Carvalho, Editor 1934 Lisboa. In-8º de 195, [5] págs. Br.

Volume inaugural de «Contemporânea: Biblioteca de Autores Nacionais e Estrangeiros», com uma longa e panegírica bio-bibliografia do autor até à época (assinada A.L. – provavelmente, Almerindo Lessa), precedida de uma sua caricatura por Luís de Pina. O livro, a meio-termo entre impressões de viagem e abstracções mais genéricas sobre arte, integra os capítulos «A loucura das païsagens», «Turim», «Milão e a sua catedral», «A Primavera do Lago de Como», «Florença», «Roma», «Nápoles», «Pisa – Génova – Turim», «Veneza», «Entêrro em Veneza», «Melancolia do Lido» e «A Morte de Veneza».


15€

Abel Salazar ― Pousão

Modo de Ler
In-4º de 141, [17] págs. Br. [Livro]
In-4º gr. de [10] estampas litográficas polícromas. [Estojo com as ilustrações]
In-4º gr. [Estojo exterior cartonado]

Reedição do interessante estudo de Abel Salazar acerca da obra do fugaz pintor alentejano e portuense de quem foi entre nós o primeiro defensor acérrimo, acompanhado nesta edição de luxo por 10 reproduções a cores de conhecidos trabalhos seus, estando todo o conjunto acoplado dentro de um belo estojo com abertura lateral; sumptuosidade que contou com o patrocínio do Casino da Póvoa.

O livro propriamente dito é igualmente um 3 em 1: ao texto primitivo somam-se aqui dois inéditos, o da historiadora de arte Laura Castro em comentário e o conto do romancista Mário Cláudio, «A Morte de Tibério», uma ficção de um trecho da última estada do pintor em Capri e dos seus derradeiros dias de vida já moribundo no Alentejo - traçada também ela com mão de mestre.


100€

8 reproduções de trabalhos de Abel Salazar

8 reproduções de trabalhos de Abel Salazar / com um estudo crítico de Diogo de Macedo

(Obra editada pela Fundação Abel Salazar, Porto / Capa e direcção gráfica de Alberto Cardoso, fotografias de Álvaro C. Azevedo (Alvão) e de Horácio Novais // Reproduções em heliogravura executadas pela Neogravura, lda.; páginas de texto compostas e impressas pela Casa Portuguesa; capa composta e impressa pela Nova Lisboa Gráfica, lda.; Lisboa – Dezembro de 1955). In-4º gr. de [8] págs. [caderno] + [8] ff. de estampa.

Envoltos juntamente com o estudo de Diogo de Macedo numa espécie de estojo de cartolina que lhes serve de capa, os trabalhos aqui reproduzidos por heliogravura são exclusivamente retratos: além do conhecido auto-retrato de Abel Salazar, os de Camilo, Eça, Junqueiro, Maximiliano Lemos, Marck Athias, Duarte Leite e Einstein.

Ligeiro desgaste da capa, com uma pequena marca a tinta.


40€

Agostinho da Silva ― Parábola da Mulher de Loth

Parábola da Mulher de Loth
// seguida de Policlés e de um Apólogo de Pródigo de Céos

(Composto e impresso nas Grandes Oficinas Gráficas «Minerva» de Gaspar Pinto de Sousa, Suc.es, Ld.a – V. N. de Famalicão, 1944. In-8º peq. de 89, [3] págs. Br.

Tríptico publicado por Agostinho da Silva em edição de autor, estando este exemplar valorizado por uma dedicatória de oferta com que brindou um destinatário (letra intraduzível, como de costume) que nem sequer o chegou a abrir – todos os cadernos se conservam fechados, conforme saíram do prelo.


15€