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Feira do Livro de Arte


Com organização conjunta de bibliographias e da própria FBAUP, terá lugar na Faculdade de Belas-Artes do Porto uma feira do livro de arte entre os dias 1 e 4 de Abril, terça a sexta-feira. O horário é das 12 às 18h e a entrada aberta ao público em geral. Participarão também a livraria antiquária Candelabro e a livraria-editora Imprensa Nacional - Casa da Moeda. Diversidade, portanto, quanto baste.
 
Da selecção de bibliographias destacar-se-á um bom conjunto de álbuns em tiragens especiais e correntes, edições raras dos sécs. XIX e XX, alguns «clássicos» de  História da Arte e monografias artísticas  variadas. Durante o período da feira, todos os títulos constantes nesta página sob a rubrica Arte terão um desconto de 10 a 25% sobre o preço de catálogo, aplicável também a encomendas por correio. É aproveitar. 

Encomendas, reservas, pedidos de esclarecimento, sugestões e protestos de qualquer sorte para bibliographias@gmail.com    

Glórias da Medicina Portuguesa

Tip. da «União Gráfica» / Rua de Santa Marta, 48, Lisboa // Desenhos de João Carlos. (1949). In-8º gr. de 379, [5] págs. Br.

Boa edição de autor, a original, valorizada pelas ilustrações em medalhão no início de cada capítulo com os retratos dos homenageados da pena de João Carlos/Celestino Gomes (ele mesmo, além de artista e escritor, médico), que seriam, em parte, aproveitadas na colecção de médicos escritores promovida pelo Instituto Pasteur de Lisboa. O estudo, ainda hoje importante, consagra capítulos a «Gil de Valadares (Frei Gil de Santarém)», «Pedro Julião (O Papa João XXI)» (Pedro Hispano), «Valesco de Taranta», «Garcia da Orta», «João Rodrigues de Castelo-Branco (Amato Lusitano)», «Rodrigo de Castro», «Zacuto Lusitano», «João Curvo Semedo», «Ribeiro Sanches», «Manuel Constâncio», «Francisco Sobral», «Sousa Martins», «Câmara Pestana», «José António Serrano» e «Miguel Bombarda». No prefácio, dizia Evaristo Franco querer mostrar «Aos Médicos Portugueses» colegas de ofício “a grandeza moral e científica desses imortais servidores da humanidade”, todos exemplo da “ânsia de atenuar sofrimentos ao verme expulso do paraíso”, demonstrando assim “aos clínicos mais novos, quando os espinhos da profissão lhes lacerarem as carnes, como sofreram os maiores vultos da nossa arte na luta contra a dor e contra o poder infinito da morte”.

Exemplar bem conservado, tendo mesmo todos os cadernos por abrir até cerca de meio do volume (o inaugurante só lhe tomou o gosto a partir de Ribeiro Sanches). Sem qualquer defeito de tomo, salvo uma ligeiríssima marca de esboroamento à face da capa.
 
35€  

Anjos em Lisboa

(D.L. 2008 – Offset Mais Artes Gráficas, S. A.). In-8º gr. quadrado de [2], 247, [3] págs. Enc.

Álbum publicado em edição fora do mercado, encadernado com sobrecapa em papel de ilustração comum. Consta de «Prefácio», «Breve Introdução Histórica», «Anjos na Escultura», «Anjos na Azulejaria», «Anjos no Bronze» e «Bibliografia», apresentando estas últimas quatro secções, as principais, uma resenha de cada um dos lugares e monumentos (no que será o maior interesse do trabalho de Maria João Marta) a que foram escolhidas as peças.
 
25€

Le nouveau Cinéaste Amateur

Le nouveau Cinéaste Amateur (Technique * Pratique * Esthétique) / avec la collaboration de Suzanne Monier / 420 illustrations, tableaux et schémas)

Publications Photo-Cinéma PM  Paul Montel, Paris. (1956). In-8º de 330, [22] págs. Enc.

Hoje forçosamente desactualizado em vários pontos, guarda ainda assim este trabalho indiscutível interesse, por exemplo, enquanto repositório técnico e espécie de manual ilustrado de bons conselhos genéricos (quanto ao tratamento da cor e da luz, ao enquadramento, ao som, à montagem, à projecção, etc.) para uso prático; além da mais óbvia valia que nele verão coleccionadores (modelos antigos de câmaras aparecem reproduzidos, e descritos, às largas dezenas). São algumas das grandes secções de capítulos «Lorsque vous filmez en extérieur», «Pour obtenir de meilleures images», «La couleur et sa magie», «Comment composer des scènes attrayantes», «La caméra et ses particularités mécaniques», «Fantaisies & truquages», «La documentation par le cinéma», etc.
O volume foi bem encadernado pelo editor em tela com reforço.

15€    
 

Fernando Namora ― O Trigo e o Joio

Guimarães Editores, Lisboa. (1954). In-8º de 295, [5] págs. Br.

Primeira edição do romance, ilustrada ao longo do volume por alguns desenhos de Charrua e, na capa, por um outro de Cambraia.
 
Exemplar com ligeiro desgaste exterior.
 
30€

Scriptorium (VI)

Eleanor (como é belo este nome)  Fortescue-Brickdale foi artista da impropriamente chamada terceira geração pré-rafaelita, de que deverá ter parecido um dos casos de mais profusa actividade, sobretudo repartida entre pintura e ilustração. A imagem aqui reproduzida, figurando Heloísa e Abelardo, é  das que ilustram o seu Golden Book of Famous Woman, publicado pela Hodder and Stoughton em 1919 e até hoje várias vezes reeditado.

Florinhas de Santo António de Lisboa


Florinhas de Santo António (Tradução do «Liber Miracolorum»)

Edição do «Boletim Mensal» / Braga — 1947. In-8º peq. de 187, [1] págs. Enc.

Explicava na nota preliminar o padre Félix Lopes ter preparado esta tradução – houvera, pelos vistos, uma outra dez anos antes, da mão do  igualmente oficiante  Aloísio Gonçalves – do livro de Luigi Guidaldi por ocasião das comemorações do oitavo centenário da conquista de Lisboa, que em 1947, preciso, se cumpria.

Exemplar revestido de boa encadernação inteira em pele com gravações a ouro debruando as pastas a toda a cercadura e marcando, no título e nos ornamentos, também a lombada; e que tem ainda um marcador cosido em cetim azul. Conserva a capa primitiva, composta por Raquel Roque Gameiro, e a margem das folhas por aparar, salvo à cabeça (carminada). Único defeito: pequena dedicatória de oferta na folha preliminar de guarda (pela primeira comunhão, em 1953, dessa anterior proprietária).
 
15€



Diccionario de Psicologia

Diccionario de Psicologia (Howard C. Warren, Editor)

Fondo de Cultura Economica, México – Buenos Aires. (1960). In-4º de XVI, 383, [3] págs. Enc.

Trabalho monumental ainda agora de referência, publicado de origem nos E.U.A. (todos norte-americanos os especialistas académicos, mais de uma centena, que nele colaboraram) em 1934 e nesta versão em castelhano enriquecido pelas bio-bibliografias (sobretudo, de psicólogos célebres, mas não só) que lhe foram para o efeito acrescentadas. Volume encadernado pelo editor em tela gravada com dourados e revestida de sobrecapa em papel, que o exemplar – ainda em boa condição global – conserva.
 
 
25€

Campos Júnior ― A Senhora Infanta (var.I)

A Senhora Infanta (romance historico) / 2.ª Edição

João Romano Torres & C.ª – Editores. (1922). In-8º de 601, [3] págs. Enc.

Edição adornada por frontões e letras capitais no início de cada uma das duas secções que compõem o volume, além de algumas das típicas aguarelas de Alfredo Morais (cujo contributo era habitual nos livros do autor) a página inteira. O tema do romance  são aqui, de modo  bastante  ficcionado, os pretensos amores de Bernardim Ribeiro pela Infanta D.Maria.
 
Exemplar revestido de uma das boas e sempre  características encadernações do encadernador lisboeta Paulino, logo à época; conservando a frente da capa de brochura, ilustrada também por uma aguarela de Morais.
 
18€

Campos Júnior ― A Senhora Infanta (var.II)

A Senhora Infanta (romance historico) / 2.ª Edição

João Romano Torres & C.ª – Editores. (1922). In-8º de 601, [3] págs. Enc.

Exemplar da série bem encadernada pelo próprio editor em percalina relevada com gravações a ouro sobre lombada e pasta superior e a seco (emblema da editora) sobre a inferior, que tem duas ou três ligeiríssimas marcas, no que se poderia dizer o único «defeito» de uma peça ainda bem conservada por todo.

18€

Pascoaes, cem anos de Verbo Escuro

A 15 de Março de 1914 - corre hoje um século preciso - ultimava Teixeira de Pascoaes  nos  prelos da Renascença Portuguesa a primeira edição de Verbo Escuro. 

O livro, consagrando "a seriedade escura da palavra", o verbo das "palavras indecisas, nevoentas do sonho que as gerou",  ensaia logo de início  uma peregrina programática, invectivando os gerais poetas a fazerem o que fez e faria  este toda a vida, cantar os fantasmas ("Cantae o que não existe... O resto é cinza."). E peregrino, mas nada devoto, é ele todo, facilitando no grau máximo o simpático apodo de «poeta tolinho» que, por exemplo, uma certa ortodoxia católica sempre lhe dedicou. Não admira: "Crear: eis o mal da creatura, o erro fatal que a diminue. Ela definha na sua obra. / O Universo é a obra, a pessoa de Deus e o unico argumento contra a sua existencia"; ""Amae a Deus sobre todas as cousas. Decerto. É proprio do creador amar a creatura"; "O homem não é o peccador: é o Peccado"; "A Arte eleva-nos ao Homem, mas afasta-nos dos homens. Na Natureza ha o ritmo e não a rima. É uma obra em versiculos, como a Biblia"; e dizer de Deus ser a "alegria creadora, infernal", à que sucedeu a "tristeza que redime" de Cristo; e empreender solitárias excursões nocturnas a cemitérios como mote de dissertação; etc.
(Quem diz o clero, diz a burguesia. Também não pasmando. "Em sociedade só depois de morto e com os mortos", evitando na idade maior, já por isso retirado no Marão, "o crepusculo, a esposa e a livre critica", entre o anjo da infância e o cidadão, "especie de fossil animado". Entre uma e outra  banda da ponte de São Gonçalo, Pobre Tolo. Entre  as  faces  ilusórias  do  tempo, "O futuro é o passado que amanhece". Entre a vida e a morte, mas sempre olhando para esta, do modo desta: "Para os olhos da caveira tudo o que existe - é osso.". O Verbo Escuro, a própria saudade em negativo)  

Novo Almanach Luso-Brazileiro 1893

Novo Almanach de Lembranças Luso-Brazileiro para o Anno de 1893 / Ornado de gravuras, enriquecido com muitas materias de utilidade publica, e com o retrato e elogio critico-biografico do distincto escriptor e poeta Francisco Gomes d’Amorim por Antonio Xavier Rodrigues Cordeiro, bacharel formado em direito / 43.º anno da collecção

Lisboa: Livraria de Antonio Maria Pereira – 1892. In-12º de 496 págs. Enc.

Ocupa as duas dezenas e meia iniciais de páginas o panegírico do discípulo e biógrafo de Garrett, seguindo-se a habitual miscelânea da praxe: relação de publicações recebidas, tabelas de itinerários e tarifas, descrição de serviços de correio, apontamentos geográficos, notas (pseudo, por regra) científicas, colaborações literárias e, em maioria, as anedotas e curiosidades típicas.

Exemplar  valorizado  por uma muito boa encadernação mais recente, com a lombada em pele gravada a ouro e ainda revestida de rótulos em percalina sobre casas fechadas; conservando a face superior da capa original.

20€

Adriano de Gusmão ― Nuno Gonçalves

Artis. 1958. In-folio de 16 págs. + [27] ff. ilust. em estampa. Br.

Edição muito cuidada, impressa em papel de boa qualidade, saída na prestigiada série «Nova Colecção de Arte Portuguesa», da Artis; com 27 reproduções estampadas em heliogravura e tetracromia. O estudo introdutório e competente de Adriano de Gusmão ensaia a algo exagerada tese de um perfeito vanguardismo da pintura de Nuno Gonçalves – o pintor régio de Afonso V era até aí visto geralmente, salvo algumas excepções (Almada à cabeça), mais como um medieval do que como um homem da Renascença –, “artista isolado, não só pelo estilo e personalidade própria mas também pelo problema que a sua pintura levanta no panorama da arte portuguesa”, constituindo o seu trabalho “um poderoso e altíssimo manifesto de modernidade no Portugal do século XV – um dos raros momentos em que não nos atrasámos na história vivida”.
 

Exemplar em razoável condição, sem defeitos significativos.
 
18€ 

Arte Portuguesa: As Artes Decorativas

Edições Excelsior. [S/d - 195_?]. 14 fascículos in-folio de 385, [3] págs. em sequência. Br.

Estes catorze fascículos constituem a segunda série completa do que  deverá ter sido o tomo  final (já publicados  os dois  dedicados às  Belas-Artes e à Arquitectura), hoje o de mais procura, da colecção «Arte Portuguesa» que João Barreira coordenou, contando com a colaboração de alguns dos que eram, à data, os mais reputados estudiosos nacionais nos assuntos tratados, a par de outros de menos monta : aqui, escreveram Machado de Faria («A Heráldica na Decoração»), Armando Vieira Santos («Os Azulejos em Portugal», quase  um  tratado, «O Vidro em Portugal» e «Algumas considerações sobre os coches em Portugal»), Armando de Lucena («Os Jardins», outro pequeno tratado), Ernesto Soares («A Ilustração do Livro», com vários interessantes apontamentos de bibliografia), Clementina Carneiro Santos («Colchas de Castelo Branco», mais uma longa prédica, e «Rendas de Peniche») e Vasco de Lucena («Os bordados da  Madeira»). A ilustrá-los estão dezenas de boas gravuras e fotogravuras, podendo delas destacar-se as feitas a partir de desenhos do autor e de clichés de antigas casas de fotografia nacionais. Há uma variante em que foram agrupados numa boa encadernação editorial de pele; nesta, foram publicados assim soltos, em brochura.
 
35€ (reservado)

Feira do Livro do Porto: a restauração da independência ?

fotografia antiga da Avenida das Tílias, no Palácio
É a primeira medida de fundo que o novo executivo da Câmara Municipal do Porto (CMP) anuncia quanto a eventos para as massas no pelouro da cultura – sim, essa que fazia ao anterior “sacar logo da calculadora”, como diziam no III Reich “sacar logo do revólver”, quando dela ouvia falar, por saber o erário autárquico destinado a coisas tão obviamente mais importantes como brincar aos carros na Avenida da Boavista, aos aviões sobre o Douro e ao teatro, com estranhas, muito estranhas contas de “calculadora”, no Rivoli tornado feudo particular de um encenador lisboeta de revista (que dispunha até de toda a Praça D. João I, engalanada, atapetada de vermelho e escoltada pela polícia, a cada estreia, qual nubente Mestre de Avis). E, caso venha de facto a ser cumprida, merece desde já todos os louvores.
 
Após negociações falhadas com a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (por que há-de ser necessário negociar com a APEL a organização de uma feira do livro local, perguntará ao corporativismo lusíada o munícipe, se ingénuo, e perguntará bem) para a já em 2013 anulada (nisso  esteve  Rio, por uma vez, certo) Feira-do-Livro-do-Porto-como-ultimamente-a-conhecíamos, resolveu a CMP encarregar- -se, ela própria, da organização em Setembro da de 2014, nos jardins do Palácio de Cristal, garantindo que, a partir de agora, o modelo é este. Dirá o mesmo munícipe ingénuo, de novo com razão, que para isso foram por cá introduzidas, ainda na primeira metade do século passado, as feiras do livro, antes de orientadas – enquanto meio, e não só enquanto fim – ao negócio. Dirá também nesse  passo  que o logo fundamento delas é o interesse do cidadão como leitor; e não (ou só muito acessório) o do livreiro; e não, esse é que não, o do (grande) editor. Dirá ainda que não entende, nem a pretexto do «programa paralelo», por que diabo se precise «apoiar» (leia-se “pagar a”) quem já vai, justamente, ganhar dinheiro e não tem dele falta nenhuma. Dirá por fim, sem dúvida e aqui sem sombra de ingenuidade, ser Setembro ou Outubro uma altura, em inovação, bem melhor do que Junho: o início de temporada é  mais promissor do que o final. Aprovando, portanto, a medida na generalidade e na especialidade.

Antologia do Conto Policial (organização e tradução de Lima da Costa)

Editora Arcádia Limitada. (1961). In-8º gr. de 306, [2] págs. Br.
 
Saído na colecção antologia, reparte-se o volume  em duas secções (a primeira, com o que o tradutor chamava literatura policial pura, e a segunda de, subentende-se, «fancaria»), ambas precedidas por extensa introdução, decerto do próprio Lima da Costa e tendo notas  à abundância sobre a evolução do género desde Poë até então. Integra contos de, por exemplo, Conan Doyle, Chesterton, Agatha Christie, Ellery Queen, Irish e Mark Twain.

O exemplar, com um quanto desgaste na capa, está sobretudo desdourado por uma dedicatória de oferta escrita na folha de guarda preliminar – mal muito atenuado porque decerto fosse ao próprio Fernando da Cunha Leão (hoje quase esquecido, filósofo autor de O Enigma Português, remotamente ligado ao círculo saudosista, e mais tarde editor da Guimarães, na qual lançou colecções agora mais célebres do que ele: a «Poesia e Verdade» e  a «Filosofia e Ensaios», por exemplo), anterior proprietário, que o assinou no rosto.
 
15€

Francis Lacassin ― Mythologie du roman policier

10 | 18 (Union Générale d’Éditions, Paris, 1974). 2 vols. in-8º de 320 e 317, [3] págs. Br.

Primeira das várias edições que o livro já teve só em França, publicada na colectânea 10 | 18. São alguns dos capítulos «Le Fantastique des villes», «Sherlock Holmes ou le matin des logiciens», «Arsène Lupin ou du cambriolage comme un service public», «Philip Marlowe ou le clair de lune du roman noir».

Ambos os volumes conservados em bom estado, tendo só marcas pontuais da acidez que a qualidade do papel facilita.  
 
15€  

José Régio ― Benilde ou a Virgem-Mãe

Benilde ou a Virgem-Mãe: Drama em três actos Por José Régio
 
Livraria Portugália. Porto. (1947). In-8º de 181, [3] págs. Br.
 
Primeira edição da peça, a segunda em publicação independente no «Teatro de José Régio».

Exemplar em bom estado, descontando só ligeira acidez e pequenos defeitos na capa e nas folhas preliminares.
 
20€

Juan Vilá Valentí ― La Península Ibérica

La Peninsula Iberica, por J. Vila Valenti, Catedrático y Director del Departamento de Geografia de la Universidad de Barcelona

Ediciones Ariel / Esplugues de Llobregat, Barcelona. (1968). In-8º de 389, [1] págs. Br.

Volume inaugural da série «Geografia Universal» da colecção Elcano, publicado com revisão e adaptação do autor a partir do texto primitivo destinado a França, onde viria pelo mesmo ano a sair nas PUF; essa edição francesa era aqui dita já publicada, mas ainda em entrevistas recentes o geógrafo assegurava a prioridade desta espanhola, que seria, assim, propriamente a princeps (é plausível que o Maio de 68 ajude a explicar o atraso). Ilustrado por dezenas de fotogravuras em prancha sobre folhas destacadas, por numerar, de papel couché, além das figuras (mapas e gráficos, a maioria) nas próprias do texto, o estudo – ex-libris de toda a bibliografia de Vilá Valentí, que mais lhe consagrou o nome  – consta das secções principais de capítulos «Introducción», «Los Rasgos Físicos», «Los Factores del Pasado», «Los Rasgos Actuales: Población y Actividades Económicas» e «Los Estados Ibéricos y los Grandes Marcos Regionales».

Exemplar com ligeiríssimas marcas de desgaste na capa. De resto, impecável, porventura por estrear.  
 
20€

O Livro na Arte (V) - Hieronymous Bosch e a «Pedra da Loucura»

Sobre este, embora menos do que em quase todos os outros quadros de Bosch, difícil dizer, ensaiar, o que quer que seja: haverá poucos pintores em toda a História da Arte tão desafiadores de qualquer interpretação digna do nome (ainda assim, ou por isso mesmo, ninguém deverá ter sido tão estudado pela psicanálise), a tal ponto delirante é nele o símbolo. De referir apenas que o motivo do livro na cabeça, significasse o que fosse, aparece várias vezes no trabalho do holandês (v.g. o principal Jardim das Delícias), só que aqui de efeito mais perturbador, e talvez, pelo contexto, também de compreensão mais arriscável: superstição, estupidez, crendice. 

É  o  dito  contexto a  «operação» fundamental - A Extracção da Pedra da Loucura - do quadro. Defende-se que  constituísse uma forma de trepanação algo habitual na Idade Média, assentando na suposição, tão evidentemente científica, de que a loucura do indivíduo se consubstanciaria numa pequena pedra estacionada ao alto da cabeça. A ser assim, melhor nem imaginar quantos «loucos» hão-de ter sido «cirurgicamente» salvos pela morte, essa universal «salvadora». Entre isto e os modernos hospitais psiquiátricos, bem capaz de ser preferível a segunda hipótese, apesar de tudo...

Eduardo Luís & Fernando Gil

(Na capa: «Eduardo Luíz expõe na Galeria 111/Lisboa/Janeiro de 1973»). In-4º gr. Br.

Impresso em bom papel couché, sob a direcção gráfica de Armando Alves, pela Editorial Inova, o catálogo apresenta na introdução – repetida, no final do volume, em francês – um prólogo do filósofo Fernando Gil, seguido de um debate entre ele e o pintor (de quem é desfiada, cronologicamente, a biografia artística até então, em folha solta destacada); e reproduz a cores e p/b os trabalhos então expostos.

Exemplar ainda em muito razoável condição, prejudicado só pelo fraco estado da face inferior da capa.
 
12€